quarta-feira, 23 de março de 2011

Oba, Sopa!!!

Andy Warhol, Campbell's Soup II, 1969. 
   
    Uma amiga postou a seguinte frase: "A sopa está para a infância como o comunismo para a democracia". Bastou, fiquei horas refletindo sobre isso, será que o comunismo alimenta a democracia, ou é necessário para o bom desenvolvimento dela???
    Não sei, acho que as duas coisas. De qualquer maneira, nutro por sopas um sentimento bem particular. Sou louca por sopas. Elas interagem sobre mim de uma forma bem peculiar, tem o poder de melhorar meu humor, curar doenças mentais e muitas vezes até corporais, gerar criatividade, enfim, só me proporciona bons sentimentos. Vale qualquer tipo: de legumes, canja, um sopão mais reforçado, de ervilhas, de feijão branco, hum... qualquer uma.
    Preparo e consumo sopas o ano inteiro, inclusive no verão e até mesmo na praia, seja dia ou noite. Só precisa ser acompanhada de uma boa pimenta e um fio de azeite de oliva de boa qualidade. Ah, um paõzinho também cai muito bem com uma sopinha... Só não vale sopa de pacote ou lata, daí não tem graça.
    A sopa deve ter sido uma das mais antigas formas de alimentação cozida humana. Segundo Rosario Buonassisi, há vestígios que indicam o consumo de sopa antes mesmo da descoberta do fogo (legumes esmagados misturados com água, o que não devia ser exatamente gostoso, mas dadas as circunstâncias da época...), todos os povos tem suas versões de sopa, sendo ela um dos elementos mais fundamentais da gastronomia. É barata, fácil de fazer, pode incluir elementos variados e ... aquece o corpo e a alma.
    Ah, a arte também já se utilizou de sua imagem, desde uma arte mais moderna como Andy Warhol que imortalizou a Campbell's, até a sombria obra de Goya.
   

Francisco Goya, Os velhos tomando sopa, 1820

   

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