sábado, 23 de abril de 2011

E não é que ficaram deliciosos !!!


    Lembra dos licores de Butiá e Jambolão??? Pois é, ficaram prontos, lindos e deliciosos...

Bolo de Mandioca

  

   
    Essa é uma receita que preparo a bastante tempo, e todo mundo que prova adora e se surpreende. Ganhei essa receita em um livro familiar de uma prima distante, já faz tempo. Gostei da receita à primeira vista, mas achei que era doce demais (tinha um receio de goiabada), então retirei o recheio e me apaixonei por ela. Sempre que dá eu faço.
    Ela é simples, como tudo o que eu gosto, e optei por postá-la essa semana pois dia 19 de abril "comemorou-se" o Dia do Índio.
    Essa data foi instituída no calendário nacional em 1943, pelo então presidente Getúlio Vargas. E desde então vimos uma miscelânia de aspectos pseudo-culturais indígenas nas escolas nesses dias. Desde a pintura no rosto com tintas têmperas, até os clássicos cocares de penas de galinha que as crianças faziam. Não acho que seja ofença, nem que devemos abolir essas práticas, mas acho que sem estudar o contexto, tanto a pintura, quando os cocares mais deseducam do que educam nossas crianças, afastando ainda mais a cultura branca da cultura indígena e fazendo o índio se parecer ainda mais com um esteriótipo do bom selvagem do que com um ser humano de direitos.
    Discussões políticas e educacionais à parte, aí vai a receita, que fica ótima para um café-da-tarde.

   Bolo de Mandioca:
   Ingredientes:
   1 1/2 Xícara de chá de açúcar
   3 colheres de sopa de margarina ou manteiga
   4 ovos
   100 gr. de côco ralado
   2 xícaras de chá de mandioca crua ralada
   1 pitada de sal
   1 colher de fermento em pó
  
   Preparo:
   Bata o açúcar com a manteiga até branquear. Bata as claras em neve, junte as gemas uma a uma e acrescente aos poucos a mistura de manteiga com o açúcar. Junte o côco ralado, a mandioca e o sal.  Misture bem e acrescente o fermento. coloque em uma forma untada e polvilhada, e leve ao forno pré-aquecido. após 30 ou 40 minutos, espete um patico para ver se está pronto (o palito deve sair limpo).
   
   A mandioca é um alimento fundamental na dieta original do Brasil. Os indígenas a usam como principal fonte de carboidratos, juntamente com o milho, e herdamos esse hábito deles. Cozida, em beijus, pirão, tapiocas, como farinhas, em bolos, saladas, aperitivos, doces, a mandioca pode ser usada de inúmeras formas, sendo preparada com ela uma bebida indígena ritualística chamada Cauim. Também há muitas lendas sobre seu surgimento, como a Lenda de Mani, registrada por Couto de Magalhães.

    "Em tempos idos, apareceu grávida a filha dum chefe selvagem, que residia nas imediações do lugar em que está hoje a cidade Santarém. O chefe quis punir no autor da desonra de sua filha a ofensa que sofrera seu orgulho e, para saber quem ele era, empregou debalde rogos, ameaças e por fim castigos severos. Tanto diante dos rogos como diante dos castigos a moça permaneceu inflexível, dizendo que nunca tinha tido relação com homem algum. O chefe tinha deliberado matá-la, quando lhe apareceu em sonho um homem branco que lhe disse que não matasse a moça, porque ela efetivamente era inocente, e não tinha tido relação com homem. Passados os nove meses, ela deu à luz uma menina lindíssima e branca, causando este último fato a surpresa não só da tribo como das nações vizinhas, que vieram visitar a criança, para ver aquela nova e desconhecida raça. A criança, que teve o nome de Mani e que andava e falava precocemente, morreu ao cabo de um ano, sem ter adoecido e sem dar mostras de dor. Foi ela enterrada dentro da própria casa, descobrindo-se e regando-se diariamente a sepultura, segundo o costume do povo. Ao cabo de algum tempo, brotou da cova uma planta que, por ser inteiramente desconhecida, deixaram de arrancar. Cresceu, floresceu e deu frutos. Os pássaros que comeram os frutos se embriagaram, e este fenômeno, desconhecido dos índios, aumentou-lhes a superstição pela planta. A terra afinal fendeu-se, cavaram-na e julgaram reconhecer no fruto que encontraram o corpo de Mani. Comeram-no e assim aprenderam a usar da mandioca."
 
  

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Feira do Peixe

    E a fumaça toma conta do centro de Porto Alegre. Será churrasco??? NÃO, é peixe, assado na taquara.
    Delícia.

domingo, 17 de abril de 2011

Cachorro do Bigode

Cachorro do Bigode - Galeria do Rosário


     Porto Alegre é demais!! Linda, cultural, sempre cheia de programas gratuítos e ... Boa Comida!! Adoro comida de rua de Porto Alegre, principalmente lanches. Mas não como em qualquer lugar. Como em algumas lanchonetes, restaurantes e principalmente no Mercado Público. Quase nunca saio do centro da cidade sem fazer um lanche no mercado.
    Mas há alguns anos atrás, meu marido me apresentou a uma iguaria da cidade. Cachorro quente do Bigode. Amo cachorro-quente, faço sempre em casa e como também na rua. O problema é que nas ruas é complicado de encontrar algum que vale a pena. Ou o molho é ruim, ou os ingredientes de má qualidade. Assim, parafraseando Alex Atalla "tem muito cachorro-quente que não vale 1 real". Mas esse com toda certeza não é o caso do cachorro do bigode. Ele é simplesmente o melhor cachorro quente que já comi. Fico até sem vontade fazer cachorro quente em casa, pois sei que não consigo competir com essa delícia. E o bom mesmo é comer em pé, na Galeria do Rosário, sem se preocupar com a etiqueta. Assim, sem preconceito nenhum, ele é delicioso.



    Também tem lancherias, onde podemos comprá-lo e comê-lo sentado, com mais conforto. Tão bom igual, mas sem aquela emoção. Já fui ao centro comprá-los no dia dos namorados para ser o jantar romântico com meu marido, e olha, que moramos a 20 km. de distância. Mas comê-lo em casa, embora também fique bom, não é a mesma coisa.
    Sempre escrevo sobre comidas dos lugares onde vou, e seria inadmissível não recomendar esse delícia aqui bem pertinho. Tem em vários endereços da cidade, e mesmo tendo que ir um pouco mais longe, sempre vale a pena pelo prazer que proporciona.
 
    Esse veio para casa no sábado, e estava delicioso!!! 
      Vá, visite e prove: http://www.cachorrodobigode.com.br/



domingo, 10 de abril de 2011

Dia das massas

     Faz muito tempo que eu queria aprender um pouco mais sobre a arte de preparar massas para salgadinhos. Meu marido sempre me diz que adora pastel com massa caseira, e ontem resolvi tentar fazer. Peguei a receita da massa no site http://www.tudogostoso.uol.com.br/ , e adorei. Muito fácil de fazer e o resultado foi uma massa bem sequinha e crocante, além de muito fácil de abrir.

     
     Faltou instrumentos de trabalho. Na falta de um rolo de macarrão, usei uma garrafa de vinho, não foi o mais apropriado, mas cumpriu sua função.


     No domingo, minha cunhada Marisa veio me dar uma aula prática de massa para cachorrinho, e de brinde trouxe uma cuca de coco deliciosa. A massa do cachorrinho fica maravilhosa, e saindo do forno é irresistível. Acho que aprendi. No sábado já vou repetir com recheios variados.


      Massa para pastel
      Ingredientes:
      500 gramas farinha de trigo
      200 ml de água morna
      1 colher de sobremesa de sal
      1 colher de sopa de óleo (usei margarina própria para culinária)
      1 colher de sopa de aguardente

      Misture a farinha, o sal, o óleo, a aguardente e vá colocando a água aos poucos. Coloque a massa sobre uma superfície lisa, e vá sovando, se necessário vá polvilhando farinha. Quando a massa estiver homogênea separe pequenas porções, polvilhe farinha dos lados (bem pouco) e começe a abrir como o rolo ou no cilindro. O segredo é espichar a massa de todos os lados.
     Pronto, é só rechear e fritar em bastante óleo (usei o mesmo recheio do bolinho de batata). Ah, a massa ficou boa até sem recheio.

     Massa para cachorrinho
     1 kg de farinha de trigo
     1 envelope de fermento biológico seco
     1 colher de sopa de óleo
     1 ovo inteiro e mais duas gemas
     4  colheres de sopa de açúcar
     1 colher de sobremesa de sal
     água morna

     Misture os ingredientes secos e deixe descançar por 10 minutos. Acrescente o óleo, o ovo, as gemas e misture. Vá colocando a água aos poucos e misturando com as mãos. Quando a massa estiver firme, mas homogênea, coloquea em uma superfície e vá sovando, acrescente um pouco de farinha para não grudar. O ponto é quando a massa estiver firme, mas não dura, que ainda grude um pouquinho nas mãos.
     Pegue pequenas porções, abra na palma da mão, recheio com pedaços de salsicha (também pode ser queijo, goiabada, ou o que preferir), enrole o recheio fechando o pãozinho e coloque em uma forma untada. Espere crescer (até quase dobrar de tamanho), pincele uma mistura de 1 gema de ovo, suco de 1/2 limão e 1 colher de sopa de óleo sobre cada pãozinho, e coloque-os para assar.  Cuide quando estiverem dourados, leva em torno de 20 minutos em fogo médio.
     Pronto!
     Dica: Untar a forma com uma mistura de óleo e margarina deixa o fundo dos pãezinhos bem crocante.
    

Natureza

     Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém morreria de fome.
                                                                                            Mahatma Gandhi